26 de agosto de 2008

Em defesa do Diploma

A FABICO/UFRGS e o Sindicato dos Jornalistas do RS promovem um encontro nesta quarta-feira, 27, às 10h, no auditório da Faculdade, em defesa à obrigatoriedade do diploma de Jornalismo. Docentes, profissionais e estudantes de Jornalismo estão convidados a participar da elaboração de um documento a ser encaminhado ao Supremo Tribunal Federal antes da reunião para debater o tema.

FABICO - Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação
Rua Ramiro Barcelos, 2705.
Informações complementares: (51) 3308.5067

(Reges Schwaab)

18 de agosto de 2008

Jornais do futuro: como adaptar-se?

O 7º Congresso Brasileiro de Jornais, da Associação Nacional de Jornais, discute o futuro da indústria jornalística brasileira. O evento, em desenvolvimento nesta segunda e terça-feira (18 e 19.08), em São Paulo, ao mesmo tempo em que pretende "olhar" para o que será o jornal digital de 2020, comemora o aumento de circulação impressa e mais investimentos publicitários. Números da ANJ indicam acréscimo de 11,80% no número de exemplares, bem como incremento na participação no bolo publicitário: fatia de 16,28% para os jornais brasileiros. No primeiro trimestre de 2008 os investimentos publicitários nos jornais cresceram 23,72%.

Nos painéis sobre o futuro, até agora só uma certeza, já compartilhada, de que os tempos são outros. Convidado do evento, Rosental Calmon Alves, do Knight Center for Journalism in the Americas (Universidade do Texas), comentou que o momento é de mudanças radicais, no qual o modelo de jornal da era industrial "dará lugar ao jornal digital, adaptado a uma nova realidade tecnológica e às necessidades atuais dos leitores". Essa mudança, frisa Alves, exige uma reconstrução do jornal, os modelos de negócios atuais estariam obsoletos.

Há, no entanto, muitas questões em aberto, tão importantes quanto o viés do negócio (ou fundamentais para que ele exista), como os conflitos forma - práticas - conteúdo:
- Os formatos mudam, mas como mudam a informação?
- O que não muda (ou não deve mudar)?
- Quais são os riscos e potencialidades que envolvem os aspectos cognitivos desses novos modos de 'ler jornal'?
- Como ficam as práticas em um jornalismo sempre 'no ar', sem edição com hora marcada para sair?
- Como dialogar com a mobilidade, participação e outras tendências crescentes na web?
- De que modo a investida online dos jornais pode inaugurar novos modelos de trabalhar a informação e aumentar a leitura?

Compreender os movimentos dos leitores certamente é um dos pontos para se pensar nos caminhos do negócio de informar. O outro lado, por sua vez, precisa ser debatido pelos próprios jornalistas. É a sua ação que está no centro da discussão. Como agir no anunciado novo cenário? O que o jornalismo precisa adaptar?

Nestes links, duas entrevistas disponibilizadas pela organização do Congresso da ANJ:
1. Javier Errea
2. Rosental Calmon Alves

(Reges Schwaab)