27 de janeiro de 2009

Luz dos olhos



Como fotógrafo, Henri Cartier-Bresson (1908-2004) teve, sobretudo, o desejo de captar “o instante decisivo”. Se o século XX foi o século da imagem, algumas das melhores foram captadas por ele. Artífice daquela fração de segundo exata em que se pode eternizar o espírito de uma cena, buscou sempre o máximo de expressividade no menor fragmento de tempo. É com este viés que o olhar de Cartier-Bresson chegará aos leitores da biografia Cartier-Bresson: o olhar do século. O livro é resultado de várias conversas entre o jornalista francês Pierre Assouline e o fotógrafo, ao longo de cinco anos. Bresson, mesmo contrário aos relatos biográficos, autorizou Assouline a traçar o texto definitivo de sua trajetória.

O que Assouline propõe? Desvendar o homem que captou a emoção e a magnitude de alguns dos mais significativos momentos da história, todos pelas lentes da inseparável câmera alemã Leica e que definiu um “antes e depois” nos rumos do fotojornalismo. Entre os temas do livro, a devoção à pintura; a viagem à África, local das primeiras fotos; a decisão de se tornar fotógrafo; a descoberta, na revista Photographies, da imagem que mudou sua vida; o encontro com a máquina Leica; a vida de repórter fotográfico ao redor do mundo. Em resumo, os leitores entrarão em contato com histórias de um homem que transformou a história da imagem e do jornalismo, tornando-se o mais importante fotógrafo de sua época. Para muitos, Cartier-Bresson elevou o fotógrafo ao posto de autor, que assina e assume uma visão.

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(Reges Schwaab)

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