31 de outubro de 2007
"... o Brasil é o país do futuro!"
Uma vez mais parece que os meios de comunicação tem a intenção de velar vozes (e acontecimentos) em detrimento de um mega/hiper evento (o resto é o resto - melhor deixar à parte). Recordo de algo parecido que teria ocorrido quando da transformação do rádio e do futebol em um "narcotizante", para que os percalços enfrentados na política, na economia, enfim, na sociedade — fossem dirimidos e quem dera apagados.
Sem mais delongas, para entender é preciso, apenas, observar/"ver" o que se desenha no prelúdio do evento inigualável a ser descrito pela nação tupiniquim.
(Janaíne dos Santos)
30 de outubro de 2007
Concorrência saudável
Na edição dessa semana, Carta Capital traz em sua matéria de capa chamada para o assunto principal: "A Globo sofre - De março a agosto deste ano, a emissora padece de uma inédita queda na audiência, enquanto a Record cresce e o SBT fica à espreita". Ao longo de seis páginas, indíces gráficos são apresentados indicando a queda que vem sendo sentida pela emissora Globo nos últimos anos.
O predomínio do canal da família Marinho, no entanto, não é colocado em xeque em virtude da margem de diferença que a afasta das demais, por ora. Ao contrário do que se possa imaginar, há indicações - segundo a matéria - de que novas opções vem sendo construídas, especialmente pela concorrência direta com o grupo Record, igualmente capaz de "bancar" a disputa e financiar a estrutura da tevê - seja através dos recursos advindos da publicidade, seja pelo financiamento que a própria igreja do Bispo Macedo injeta no canal.
Na tentativa de rebater uma eventual crise, decorrente da perda do "mando de campo"— para fazer uma analogia com os termos do futebol — a Globo estaria, inclusive, disposta a veicular abertamente o conteúdo de seu canal de notícias na TV paga (Globonews). Lembre-se, aliás, que a inciativa da Record e seu novo projeto, o canal Record News, deve ter surpreendido ou, pelo menos, causado estranhamento na central de produções que jamais visualizou qualquer indício de ameaça a seu predomínio hegemônico.
Quando se refere à Globo, em sua editoria Plural em Carta Capital Alisson Avila refere-se à diminuição da rede na participação da audiência inferindo no lead: "A Globo sofre uma inédita queda de participação na audiência em 2007". Chama, ainda, a atenção a legenda utilizada ao lado da figura de Roberto Marinho em imagem clássica do expurgado documentário sobre a rede — que enfatiza seu vínculo estreito com o poder em Muito além do Cidadão Kane.
Para os afinados com a economia política sob o âmbito da comunicação, tem-se aí mais um ingrediente a adicionar no embate sobre a radiodifusão e as relações de poder.
(Janaíne dos Santos)
28 de outubro de 2007
Pensando noções da Análise do Discurso
Nas pesquisas sobre o discurso jornalístico pela ótica da AD, o gesto de interpretação deve ter o respaldo de conceitos do nosso próprio campo, compondo um dispositivo teórico a ser complementado pelo intrincamento das concepções da Análise do Discurso. A cada materialidade discursiva, portanto, a tarefa do analista é a de reunir, em compatibilidade com o seu objeto, as noções que serão responsáveis por seus gestos de interpretação. E compartilhar de forma didática o dispositivo que guiou o seu gesto é um ponto muito importante em uma pesquisa.
Neste percurso pela AD, uma entrada interessante é Análise do Discurso: princípios e procedimentos, de Eni Orlandi. Por meio dele é possível ter um conhecimento básico do terreno, autorizando os passos seguintes.
À medida em que se vai avançando, é interessante aprofundar-se nos movimentos pelos quais passaram os próprios conceitos. Um exemplo é a noção de formação discursiva, bem representativa das três épocas da Análise do Discurso Francesa. Ela nasce em Michel Foucault, é trabalhada e retrabalhada por Michel Pêcheux, e repensada por Jean-Jacques Courtine.
No III SEAD, que se realiza nesta semana na UFRGS (29.10 a 1.11), alguns livros a serem lançados no evento ajudam nessas buscas. Um exemplo é este que está resumido abaixo. Para quem trabalha com o tema parece uma dica interessante.
Análise do Discurso: apontamentos para uma história da noção-conceito de Formação Discursiva
Roberto Leiser Baronas (org.)
Pedro & João Editores
Resumo: Reúne 13 artigos de pesquisadores lusófonos e francófonos, filiados aos mais diferentes centros de pesquisa brasileiros e franceses, que tratam da noção-conceito de formação discursiva. Esta coletânea pode ser considerada única do gênero, em português, no domínio da Análise de Discurso de orientação francesa, visto que no seu conjunto pode ser lida como uma tentativa de se fazer história de uma ciência com base na história de um de seus conceitos basilares.
São textos na sua grande maioria inéditos em português e alguns também em francês, e que, no seu conjunto, por um lado, retraçam o itinerário da história da própria Análise de Discurso do início dos anos 70 do século passado até os dias atuais e, por outro, produzem uma história da noção-conceito de formação discursiva. Neste livro, contudo, meu intento não é retraçar a escrita da história da Análise de Discurso de orientação francesa, descrevendo desde os primórdios da teoria até o seu atual estado da arte. Objetivo oferecer, simplesmente, a todos os interessados nas discussões teóricas sobre o discurso, uma descrição um pouco mais detalhada das revisitações pelas quais passou o conceito de formação discursiva ao longo de sua trajetória teórica.
A pertinência desta obra está em oferecer uma espécie de mapa do conceito de formação discursiva, reconstruindo, com base em diferentes mirantes discursivos, seus meandros, seus volteios, seus desvios, seus desvãos, enfim suas complexidades. São artigos que flagram o momento mesmo da formulação do conceito de formação discursiva por Michel Foucault na "A Arqueologia do Saber" no final dos anos 60 na França, evidenciam depois a (re)configuração desse conceito à luz do althusserianismo por Michel Pêcheux, Claudine Haroche e Paul Henry no início dos anos 70 e, por último, mostram os seus deslocamentos e aplicações mais recentes.
Trata-se de um conjunto de textos complementares ou divergentes e alguns inclusive polêmicos entre si, que podem ser interpretados individualmente como fundadores (Claudine Haroche; Michel Pêcheux e Paul Henry), (re)fundadores (Jean-Jacques Courtine; Jacques Guilhaumou; Dominique Maingueneau; Sophie Moirand e Inês Lacerda de Araújo) e de revisitação (Freda Indursky; Maria do Rosário Gregolin; Damon Mayaffre; Lucília Maria Sousa Romão; Claúdia Pinheiro Granjeiro; Vanice de Oliveira Sargentini e Roberto Leiser Baronas).
(Reges Schwaab)
25 de outubro de 2007
SBPJor: últimos dias para inscrição

Neste 5º Encontro serão apresentados 114 trabalhos científicos, produzidos por pesquisadores brasileiros e portugueses. Para a abertura do evento está confirmada a conferência do professor Maxwell McCombs, da Universidade do Texas..
24 de outubro de 2007
A TV Pública Brasileira
A criação de uma TV Pública no Brasil vem sendo discutida há meses, resta verificar qual o índice de participação da população nas opções feitas para o modelo a ser adotado. Há necessidade de debate mais amplo sobre a TV Pública brasileira — da mesma forma que a televisão digital— considerando-se que ambas entram em funcionamento a partir do dia 02 de dezembro.
A participação no evento é aberta aos cidadãos interessados no assunto e, espera-se que o debate possa fomentar a discussão produtiva acerca do assunto. Alguns modelos que podem ser apresentados são os das televisões públicas da Inglaterra (BBC) e da Espanha (Televisión Española), lembrando sempre que cada país tem suas peculiaridades o que impede que o mesmo modelo que funciona em outros países seja plenamente adotado no Brasil. Contudo, para as "boas" idéias há sempre a possibilidade de adaptação.
(Janaíne dos Santos)
22 de outubro de 2007
Estudos de Análise do Discurso
O tema central, O Discurso na Contemporaneidade: materialidades e fronteiras, será discutido por nomes de referência no campo da AD no Brasil. Na manhã de abertura (29.10, 10h30-12h), o debate “Discurso e Ética: o funcionamento da ideologia e do inconsciente na cultura contemporânea” terá a participação de Benilton Carlos Bezerra Junior (UERJ) e a mediação de Bethania Mariani (UFF) que, principalmente pela obra “O PCB e a Imprensa - Os Comunistas no Imaginário dos Jornais 1922-1989” (Campinas: SP. Unicamp, 1998), muito contribui para quem trabalha com Jornalismo pela ótica da AD.
Eni Orlandi (UNICAMP), talvez a analista de discurso brasileira mais citada entre os pesquisadores nacionais, também falará no SEAD 2007. Ela integrará a Mesa-Redonda “Análise do Discurso, Política e Movimentos Sociais: articulação do político/simbólico em práticas discursivas” (dia 29.10; 17h-19h)
E justamente por falar do discurso da contemporaneidade, o evento não deixa de reservar espaço especial para debater comunicação e discurso. Marco Aurélio Weissheimer (Carta Maior) e Bernardo Kucinski (USP) são os convidados da Mesa-Redonda III (31.10; 8:30 – 10:30) que debaterá, com mediação de Lucília Romão (USP-RP), "Análise do Discurso, Mídia e Novas Tecnologias: desafios teórico-metodológicos".
O III SEAD ainda terá espaço para apresentação de diversos trabalhos nos Simpósios, Comunicações e Painéis. Nessas atividades serão mostradas diferentes leituras realizadas por meio dos principais dispositivos que compõe o mapa da AD: 1) Língua, hiperlíngua e arquivo; 2) Real da língua, do sujeito, da história e do discurso; 3) Interdiscurso, pré-construído, discurso transverso e memória; 4) Ideologia, historicidade e condições de produção e 5) Escrita, efeito-sujeito e autoria.
A Comissão Organizadora é comandada pela professora Maria Cristina Leandro Ferreira (ILETRAS/UFRGS). As atividades serão na Reitoria da UFRGS e a programação detalhada está disponível aqui.
O Diagrama voltará a falar do tema nesta semana e trará outras informações sobre o III SEAD durante o evento.
(Reges Schwaab)
21 de outubro de 2007
XIX Salão de IC
Os trabalhos são avaliados pelo resumo, pelo pôster e pela apresentação. Estou na comissão julgadora de uma sessão sobre Comunicação, Linguagem e Organizações e, pelo que vi nos resumos, vai ser difícil escolher o destaque da sessão. Assim é que é bom.
(Marcia Benetti)
Jornalismo Científico e Sociedade: os novos desafios
Alguns dos palestrantes confimados para o IX CBJC: Marcelo Leite (Folha de S. Paulo), Mariluce Moura (Pesquisa Fapesp), Sergio Brandão/José Renato Monteiro (Vídeociência/Ver Ciência), Michel Sitnik (Estação Ciência), João Garcia, cartunista especializado em ciência, Ricardo Alexino (Rádio e TV Unesp de Bauru), José Monsserrat Filho (Jornal Ciência Hoje), Ildeu de Castro Moreira, coordenador do Departamento de Popularização da Ciência e Difusão da Ciência e Tecnologia do MCT, Wanda Jorge (Ciência e Cultura e Inovação), Mônica Teixeira (Site Inovação Unicamp e TV Cultura), Ilana Polistchuk (Agência Eletrônica Notisa) e Luisa Massarani (SciDev. Net/ Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz)
O prazo para envio dos trabalhos para o Congresso foi prorrogado até o dia 5 de novembro. As informações complementares podem ser acessadas no site da ABJC.
(Reges Schwaab)
Comunicação e Meio Ambiente

20 de outubro de 2007
Políticas de comunicação

Os sites da Paulus e da Livraria Cultura já disponibilizam para venda.
(Marcia Benetti)
19 de outubro de 2007
Questões essenciais
- A missão de servir o cidadão e vigiar o poder
"Por aqui, ainda nos encontramos longe de tratar o direito à informação no nível dos demais direitos, como a educação ou a saúde, o que é trágico: onde esse direito não se faz respeitar integralmente, a liberdade necessária para bem informar a sociedade não pode ser exercida plenamente".
"Desde que o governo, qualquer que seja ele, não atrapalhe, o jornalismo, qualquer que seja ele, pode se dedicar a se aprimorar – e ele só melhora quando cumpre o seu dever de ser livre. Dever: esta é a palavra. Fala-se muito no dever da verdade, e com razão. Fala-se na fidelidade com que se devem reportar os fatos e o debate das idéias, também com razão. Mas a busca da verdade factual começa pela busca da verdade essencial do jornalismo, cujo nome é liberdade".
"A responsabilidade social do jornalismo passa por assumir o desafio editorial de expandir e qualificar a base de leitores de notícias, em meios impressos e eletrônicos. Do mesmo modo, passa por separar os critérios que filtram o acesso ao consumo dos critérios da admissibilidade do cidadão à condição de interlocutor do discurso jornalístico".
"Um profissional da comunicação precisa estudar para compreender o seu público e ser mais útil a ele. Quem pensa que a prática é o critério da verdade, para lembrar a velha frase feita, está, na sua jornada de trabalho, apenas cumprindo ditames de uma teoria cujo autor desconhece e cujas leis não é capaz de divisar".
(Laura Storch)
No Brasil, Galvão
Das críticas ao louvor, a torcida carioca ganhou destaque na Web. Tudo por conta do 'lance' preliminar ao jogo Brasil e Equador, na quarta-feira.
A torcida escolheu, dentre os jogadores, os seus favoritos. Escolheu também os 'desagrados', e entre eles, um não era jogador: o narrador esportivo Galvão Bueno, da Rede Globo. A transmissão da Globo captou a 'saudação' a Galvão e, para evitar constrangimentos ao narrador que era xingado pela torcida, em alguns momentos chegou a cortar o áudio que remetia ao estádio. No Youtube, um vídeo com a transmissão feita pela SporTv também captou o som da torcida e pode ser acessado aqui.
A notícia não passou despercebida pela blogosfera, claro – leia mais aqui e aqui. Também não se pode dizer que o foi pelos webjornais: um comentário aqui e ali, perdido pelas notícias sobre o jogo em si, como no Correio do Brasil; ou mesmo título e uma notinha, como na coluna Zapping do Folha Online...
As rápidas menções ao caso pelos jornais na Web – a grande parte sem nem mencioná-lo, com a contrapartida da variada cobertura feita por blogueiros e outros grupos sociais, como Orkut e Youtube, nos fornecem a dimensão desta confusa relação dos jornais com o fenômeno 'comentarista', provido em grande conta pelas potencialidades da Rede. Se 'tudo tem de ser publicado' porque vai surgir como informação em algum ponto da Web, qual o limite da notícia?
(Laura Storch)
Pirâmide deitada
Você também pode encontrar o artigo de Canavilhas publicado na BOCC, “Webjornalismo: da pirâmide invertida à pirâmide deitada”, neste link.
(Marcia Benetti)
Tese defendida no PPGCOM em livro

18 de outubro de 2007
Em dia com a pesquisa
"O objetivo do estudo é o de refletir acerca do conceito de imortalidade através do discurso dos media, focalizando especificamente o discurso da publicidade quando esta se utiliza, na construção de sua mensagem, do imbricamento corpo/tecnologia com uma promessa de mais vida implícita. A hipótese principal é de que os media, e por contigüidade a publicidade, detêm hoje o discurso de salvação, prerrogativa anterior do discurso religioso, na promessa de um paraíso futuro após a morte, passando pelos modernos com a promessa de emancipação (salvação laicizada) através da revolução, chegando hoje a uma salvação anunciada pelos media que se fazem porta-vozes do discurso da ciência que se traduz num discurso tecnoteológico".
O encontro será no 4° andar da FABICO, na sala 406.
Não é necessária inscrição prévia para participar.
(Reges Schwaab)
Bibliografia sobre TV
(Marcia Benetti)
FT
(Marcia Benetti)
Edital Ciências Sociais
(Marcia Benetti)
17 de outubro de 2007
Jornalismo em tempos quentes
Em tese, temos um fenômeno positivo: o número de matérias sobre meio ambiente aumentou consideravelmente. O que preocupa, todavia, é a qualidade destas abordagens: a preferência pelo tom alarmista, pouca divulgação dos dados científicos concretos e as altas doses de oportunismo quando a cobertura toca em ações para combater o problema. Estas, diga-se de passagem, ainda estão para aparecer. É preciso apurar o olhar.
Muitos jornalistas, porém, têm conseguido incorporar uma visão mais sistêmica e investir forte na apuração, o que resulta em matérias consistentes e de referência. Um exemplo está no artigo “O desafio climático”, dos jornalistas franceses Philipe Bovet e Agnès Sinais. O texto está na edição n° 3 do Le Monde Diplomatique Brasil e resume, com propriedade, a emergência do debate, até agora negligenciado pelos governos. Igualmente merece destaque a edição especial da Caros Amigos de setembro deste ano, voltada para um viés que pouco tem sido explorado com profundidade: as soluções para o aquecimento global. Ficam de lado aqui as chamadas “medidas cosméticas”, muito comuns de se encontrar em tempos de “marketing verde” e “responsabilidade social”.
Academicamente falando, o interesse pelo assunto aumenta também. O 2° Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, aqui em Porto Alegre, teve a participação de um bom número de estudantes, além de professores e pesquisadores de Jornalismo. E foi justamente aqui em Porto Alegre, na FABICO/UFRGS, que foi criada a primeira disciplina de Jornalismo Ambiental em curso de graduação no Brasil. Outro ponto positivo: na SBPJor 2007 vão ser apresentados 5 artigos que tratam diretamente de jornalismo e meio ambiente. Vale lembrar, ainda, que o tema do INTERCOM 2008 será "Mídia, Ecologia e Sociedade".
(Reges Schwaab)
Planeta Web 2.0
(Marcia Benetti)
PE Body Count
(Marcia Benetti)
Televison & New Media

Saiu o novo número da Televison & New Media, revista científica editada por Toby Miller, da Universidade da Califórnia, e publicada pela Sage. O volume 8, número 4, tem quatro artigos disponíveis online:
“Therapeutics of the Self: Surveillance in the Service of the Therapeutic”, de Rachel E. Dubrofsky (University of South Florida)
Abstract: The article uses the reality-based television shows The Bachelor and The Bachelorette as a lens through which to examine the representation of therapeutic behavior, arguing that a re-articulation of the therapeutic is necessary to understand the coupling of surveillance and the therapeutic on television. The work examines how participants on reality shows, to legitimate themselves under surveillance, must assert what the author terms the "therapeutics of the self," a pride in displaying a consistent self verified by surveillance. The "therapeutics of the self" builds on the trend observed by scholars studying therapeutic culture in which people are incited to constantly work on, hence change, the self. The author argues that the "therapeutics of the self" promotes as therapeutic the assertion of self-sameness across disparate social spaces (on the shows and in "real" life): stasis. Hence, paradoxically, the unchanged self works to improve—change—the self.
“‘He Needs to Face His Fears With These Five Queers!’: Queer Eye for the Straight Guy, Makeover TV, and the Lifestyle Expert”, de Tania Lewis (Monash University)
Abstract: This article examines the figure of the lifestyle expert on television through an analysis of a popular U.S. makeover show, Queer Eye for the Straight Guy. It situates the popularity and significance of this program within the context of recent scholarship documenting a broader shift away from more traditional, educational modes of mediatized expertise toward revalued, "feminine" forms of "ordinary" knowledge. Despite the persuasive claims for this shift, the lifestyle expert nevertheless plays a strongly pedagogical role by authorizing certain models of social identity and "good" citizenship—lifestyle and makeover culture being associated with idealized images of the self as a reflexive and enterprising consumer—citizen. Using Queer Eye as a generative exemplar of this increasingly common mode of pedagogy, the article analyzes the way in which the show attempts to negotiate the potential disjuncture between a conception of the self as reflexive and "post-traditional" and more traditional classed and gendered models of selfhood.
“Softcore as Serialized (and Feminized) Featurette: Postfeminist Propriety on Late-Night Cable”, de David Andrews (Ohio State University)
Abstract: The softcore serial (or "softcore featurette") is a prolific sexploitation subgenre spawned by the early-nineties popularity of Red Shoe Diaries, Zalman King's late-night Showtime program. Like Red Shoe Diaries, the softcore serial is an elaborately feminized and aspirational form with a pointedly "postfeminist" sensibility. Though this subgenre is also a self-consciously apolitical form structured by double standards and essentialist stereotypes, contemporary feminists have nevertheless been increasingly inclined to condone it, a trend that may dovetail with a larger postfeminist receptiveness to traditional ideas of femininity. This article proposes that the softcore serial and its (post)feminist reception are most usefully framed as the product of three overlapping cultural contexts: the histories of postfeminist cultural production, of American sexploitation cinema, and of premium cable programming.
“A Participation Observation Analysis of the Once & Again Internet Message Bulletin Boards”, de Siddhartha Menon (Michigan State University)
Abstract: This article uses an ethnographic and participant observation approach to analyze discourse among members of the internet message bulletin boards dedicated to the ABC television program Once and Again. The discussion emphasizes community and activism as dimensions of the members' electronically mediated social interactions within the context of voice theory. The phenomenon within this computer-mediated fan community suggests a richness of human self-involvement with the program's text and a dogged grassroots campaign to "save" the show from cancellation.
(Marcia Benetti)
Junior

Capa do primeiro número
O jornalismo segmentado tem mais uma revista. Chama-se Junior, dirige-se ao público gay e é produzida pela editora Sapucaia. Segundo o diretor de redação, André Fischer, a revista será trimestral.
No primeiro número, há poucas páginas de publicidade, sendo a maior parte dos anunciantes do mundo da moda. Em compensação, o espaço jornalístico está recheado de indicações sobre o que e onde consumir. Recheado de ou invadido por?
Junior tem alta plasticidade e muitos músculos, muita imagem e pouco texto – quase sempre adjetivado. Não é apenas uma revista segmentada. É direcionada a um nicho do segmento gay: os brancos, modernos e com alto poder de consumo.
(Marcia Benetti)